Eu que faço parte dessa massa,
Me encontro alienado no futuro
Conformado entre sanidade e loucura
Sou apenas uma rês nesse rebanho.
Dou mais do que recebo e me angustio
Já sinto esta dor me
corroer.
Não sou completo, não sou todo, e não sou pleno
Mesmo assim quero me satisfazer.
Sinto-me regredir, acorrentado em uma Nau.
Entre ondas e gemidos vou vivendo
Marcado pelo ferro da cultura.
Nessa marcha incessante, envelhecendo.
A lei já me foi estabelecida
E com ela não se foge do normal.
Transgrido vez em quando regra ou outra
Mas em suma perdeu-se em mim o animal.
Tenho em meu corpo a marca da Felicidade...
Sou Eu um fragmento,
esquizofrênico
Nesse liquido que chamam Modernidade.
Eis que hoje encontrei naquela rua
Algo que me libertou.
A morte veio bela e
sedutora
Beijo-me o peito
E para longe me levou.
Desprendi-me desta ignorância
Apesar de ter vivido tão perto dela
Agora sou completo e sou livre
Contemplando vocês presos nesta cela.
Por: Wellington Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário