sexta-feira, 30 de maio de 2014

A massa



 

Eu que faço parte dessa massa,
Me encontro alienado no futuro
Conformado entre sanidade e loucura
Sou apenas uma rês nesse rebanho.


Dou mais do que recebo e me angustio
 Já sinto esta dor me corroer.
Não sou completo, não sou todo, e  não  sou pleno
Mesmo assim quero me satisfazer.

Sinto-me regredir, acorrentado em uma Nau.
Entre ondas e gemidos vou vivendo
Marcado pelo ferro da cultura.
Nessa marcha incessante, envelhecendo.

A lei já me foi estabelecida
E com ela não se foge do normal.
Transgrido vez em quando regra ou outra
Mas em suma perdeu-se em mim o animal.


Tenho em meu corpo a marca da Felicidade...
Sou Eu um  fragmento, esquizofrênico
Nesse liquido que chamam Modernidade.

Eis que hoje encontrei naquela rua
Algo que me libertou.
A morte  veio bela e sedutora
Beijo-me o peito
E para longe me levou.

Desprendi-me  desta  ignorância
Apesar de ter vivido tão perto dela
Agora sou completo e sou livre
Contemplando vocês presos nesta cela.

Por: Wellington Oliveira

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