sexta-feira, 30 de maio de 2014

Pensando na Morte

Ao pensar na morte, seja na nossa própria morte ou a expectativa mais do que certa de morreremos um dia, seja a ideia estimulada pela morte de um alguém próximo a nós ou mesmo de um alguém desconhecido, o ser humano normalmente é tomado por sentimentos e reflexões. As
pessoas as quais se dizem que não pensam na morte, normalmente têm uma relação mais sofrível com esse assunto, tão sofrível que nem se permitem pensar no assunto já outras falam normalmente sobre o assunto. Isso tudo pode significar que a morte, em si, pode representar algo totalmente diferente entre as diferentes pessoas, e totalmente diferente em diferentes épocas da vida de uma mesma pessoa.
     A idéia da morte nos remete aos sentimentos de perda, portanto, nos desperta sentimentos dolorosos. Trata-se de uma espécie de dor psíquica, naturalmente movida por sentimentos de tristeza, de medo, de abandono e insegurança.
                        Os 5 Estágios da Perspectiva de Morte:
     A reação psíquica determinada pela experiência com a morte, ou mesmo diante de um diagnóstico médico associado com a perspectiva de vir a morres foi descrita por Elisabeth Kubler-Ross como tendo cinco estágios (Berkowitz, 2001):
Primeiro Estágio; negação e isolamento: A Negação e o Isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte.
Segundo Estágio; raiva: Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o Isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer.
Terceiro Estágio; barganha: Havendo deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.
Quarto Estágio; depressão: A Depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas.  
Quinto Estágio; aceitação: Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade antes da longa viagem.

A morte se constitui o oposto da vida. Por isso, torna-se aterrorizante, repulsiva e desconhecida para nossa alguns, porém a morte é um processo biológico natural e necessário.  Através da morte a vida se alimenta e se renova.
                                                         Por: Míriam Pinheiro
 Fotos: Emerson Gulto


Referências: Ballone GJ - Lidando com a Morte - 2005.

6 comentários:

  1. Adorei Míriam, parabéns por trazer uma discussão que o homem moderno e fragmentado constantemente evita e se distancia de refletir

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  2. Miriam #arrasou!!! Texto maravilhoso, construção muito boa de um tema bastante divergente entre vida e morte. :)

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  3. É verdade a morte é o estimulo da vida, quando pensamos que a morte chegara, sentimos vontade de vida.

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  4. É isso aí Miriam, coloque essa inspiração para fora!

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