A
adolescência é um período marcante de profundas mudanças sejam elas internas ou
externas do organismo global, física e mentalmente. É também a idade para
desenvolvimento da maioria dos transtornos emocionais.
Esquizofrenia é considerada pela psicopatologia como um tipo de sofrimento psíquico grave,
caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade (psicose).
Segundo o DSM-IV, é um transtorno psíquico severo
caracterizado por dois ou mais dentre o seguinte conjunto de sintomas por pelo menos um mês: alucinações visuais, sinestésicas ou auditivas, delírios, fala desorganizada (incompreensível), e sintomas depressivos.
caracterizado por dois ou mais dentre o seguinte conjunto de sintomas por pelo menos um mês: alucinações visuais, sinestésicas ou auditivas, delírios, fala desorganizada (incompreensível), e sintomas depressivos.
É relevante uma necessidade de bons conhecimentos
sobre o quadro de Esquizofrenia. O
cuidado diante o diagnostico é mais do que justo, se considerarmos os efeitos
de um diagnóstico errado sobre algum transtorno psiquiátrico crônico,
diagnóstico esse capaz de modificar intensamente a relação do paciente consigo
mesmo e com os demais, além das atitudes negativas por parte de seu entorno
familiar e social.
A Esquizofrenia
aparece muito raramente durante a infância e o inicio da adolescência. Depois
do início da adolescência sua incidência aumenta: 13,5% das Esquizofrenias aparecem antes dos 20
anos e 47,3% aparecem entre os 21 e 30 anos. McClelam (1993) calculou que a
prevalência da Esquizofrenia de
início precoce, ou seja, antes dos 18 anos, era de 12 a 20%.
Enquanto as raras formas que aparecem na
infância tendem a ter início insidioso e são invariavelmente mais graves, as Esquizofrenias da adolescência seriam
muito mais agudas. No que se refere à relação entre sexos, os estudos mostram
proporção igual entre homens e mulheres, entretanto, alguns apontam pouca e
discreta maior freqüência entre os homens.
Para
serem classificados como Esquizofrenia
os transtornos psicóticos persistem durante um período mínimo de seis meses. Porque
podem surgir sintomas precoces, como por exemplo, sentir a presença de uma
pessoa ou força invisível, ainda que não existam alucinações. O comportamento
nessa fase, embora não seja amplamente desorganizado, pode ser peculiar, como
por exemplo, resmungar para si mesmo, colecionar objetos estranhos e
visivelmente sem valor. Mas tudo isso só tende a confundir ainda mais o
diagnóstico médico, já que, na adolescência normal, tudo isso pode ser
perfeitamente comum.
Segundo
Jeammet (2000) concluiu que o critério de duração mínima de seis meses continua
sendo um dos mais seguros.
Em
relação ao comportamento e interação social, a maior parte dos esquizofrênicos
mantém contatos sociais limitados. Na Esquizofrenia,
os adolescentes que eram socialmente ativos podem tornar-se retraídos, perdem o
interesse em atividades com as quais anteriormente sentiam prazer, tornam-se
menos falantes e curiosos, e podem passar a maior parte de seu tempo na cama.
Para a família esses sintomas de desinteresse, chamados de sintomas negativos,
costumam ser o primeiro sinal de que algo está errado.
No
adolescente os sintomas psicóticos mais freqüentes da Esquizofrenia são as alucinações auditivas, o delírio e os
transtornos do curso do pensamento, tais como incoerência e fuga de idéias. Não
significa necessariamente que adolescentes que apresentem estes sintomas sejam
Esquizofrênicos.
Por: Míriam Pinheiro
Referências
http://pt.wikipedia.org
McClellan JM.
- Estudo de
início de psicose: comparação entre os diagnósticos de resultados de esquizofrenia, transtornos
do humor e transtornos de
personalidade. J. Autism Dev Disord 1993;
23: 243,262
Jeammet P. -
Lesprémices o schizophrénie.In:
DeClercq M, J
Peuskens ed. Distúrbios
esquizofrênicos. Paris (Masson), 2000 127 144
Foto: sonhosreais-analuz.blogspot.com.br
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