O curta
metragem ‘Eu não quero voltar sozinho’ relata uma historia de três adolescentes,
Leonardo (Leo) um jovem com deficiência visual que devido a esse problema sofre
o preconceito, e o olhar de indiferença da sociedade, ao mesmo tempo tenta lhe
dar com a mãe super protetora e passa pela fase que
busca sua independência.
Giovana uma jovem garota sem nenhuma autocomiseração e com humor certeiro,
amiga inseparável do Leo, a qual passa a
ver suas vidas mudarem com a chegada do Gabriel, um adolescente que chega a
cidade e por acaso começa seus estudos na mesma sala de aula que Leo e Giovana
se fazem presente.
O trio logo fica
muito próximo e como em qualquer triângulo amoroso, adulto ou juvenil, o ciúme
é incontornável: está nas ações da amiga que defende Leo com unhas e dentes ,
na superproteção da mãe, na compreensão do pai que busca dialogar especialmente
na aproximação com o novo amigo.
Um ponto muito
tocante do filme é a naturalidade com que o próprio Leo passa a tratar a sua
cegueira, com a chegada do novo amigo. Seja pela força do habito ou por não
lembrar que o menino é “diferente”,
deste modo Gabriel vive cometendo garfes.
A partir desses
momentos de aproximação entre eles, o contato com o mundo passa a ser uma
urgência como na vida de qualquer adolescente, e principalmente no caso do Leo
onde tudo se torna mais agudo – , é a descoberta de um amor, que nada se vê e
tudo se sente, a partir do surgimento de novos sentimentos Leo passa a
descobrir mais sobre seu próprio eu e
sobre sua sexualidade.
Pois como citou
Simone de Beauvior, ninguém nasce sendo homem ou mulher, torna-se homem ou
mulher. E a partir dessa experiência, desse novo e primeiro amor do Leo ele
passa a se constituir sua personalidade, e a desvendar suas pulsões subjetivas.
Tendo em mente as dificuldades que são e serão vivenciadas, pelo olhar dos outros.
Por: Bruna Santos
O que se pode escolher na vida é ser feliz, ou seguir os desejos de uma sociedade alienante.
ResponderExcluirEsse curta é ótimo. A gente acaba percebendo 2 tipos de exclusão do padrão imposto pela sociedade : a deficiência visual e a homossexualidade. De uma simplicidade tremenda. o amor não tem idade, não te hora, não tem cor e nem sexo. Ele chega e acontece.
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