sexta-feira, 16 de maio de 2014

A união faz a força?





Os “arrastões” dos últimos dias nas cidades pernambucanas nos levam à reflexão sobre a influência dos grupos no comportamento dos indivíduos. Os primeiros estudos  sobre   definições de grupo eram baseados em
experimentos individuais e com o resultado de tais experimentos se chegava a uma generalização .  Entretanto com a influência da 2ª Guerra Mundial tornou-se perceptível que as implicações individuais não davam conta de explicar o comportamento social em sua totalidade.

 As pesquisas de Zimbardo baseadas no conceito Junguiano de  individuação apontaram para um novo conceito denominado desindividuação.  Este ultimo refere-se a ausência do sentimento de individualidade, possível de verificar em grupos nos quais se adquire um anonimato físico ou em que a autoconsciência passa a ser reduzida. As cenas do vídeo acima fazem referência exatamente a este fenômeno. As pessoas que vemos invadindo a loja de eletrodomésticos dificilmente realizariam a mesma ação se estivessem sozinhas ou em um grupo menor e menos influente.

A influência dos grupos  é perceptível  durante todas as fases da vida entretanto, na adolescência  o grupo é uma das principais estratégias utilizadas para demarcar uma identidade própria.  Por isso é comum que adolescentes  se  reúnam nas  determinadas tribos. O comportamento dos mesmos toma como ponto de referência o grupo ao qual está inserido. Alguns autores chegam a afirmar que não existe adolescência sem transgressão. Portanto é comum que nestas ações nas quais um grupo transgrede de forma radical, os adolescentes a ele pertencente ou que queiram se inserir no mesmo tendam a agir de forma coerente, pois assim ganham a atenção dos demais membros podendo, portanto demarcar seu território.

Por: Wellington Oliveira



Fonte do vídeo: (Fonte: https://www.facebook.com/photo.phpv=1452493168325601&set=o.202569256433151&type=2&theater; acesso: 15\05\2014)



Um comentário:

  1. É complicado quando nos deixamos levar pela ideia das multidões, e agimos com impulso, do eu internalizado.

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