segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mar adentro

O relato que vem nos mostrar claramente este filme, Mar adentro, traz a vivencia de uma família que precisa lidar com um paciente, um familiar que deseja morrer, retirar a própria vida. Cabendo a família esta decisão ou não, dos desejos de um paciente que se encontra em sofrimento psíquico.
  Existe uma dependência do paciente em relação à família,
havendo uma necessidade de observação intensa e cuidadosa; onde se faz necessário que a família verifique a maneira em que o paciente começa a vê o mundo que o rodeia, a partir do momento em que este indivíduo é acometido de tal doença, ou incapacidade física e/ou mental. Entra em questão o desejo do personagem Ramom, que é tetraplégico e deseja morrer, pois já convive com a doença á mais de 30 anos, em um estado de plena dependência de seus familiares.
  Dono da vida, o ser humano deve ser também, dentro de determinadas circunstâncias e segundo certos limites, o dono da sua própria morte. Onde o mesmo pode optar pela "morte digna", que é a morte desejada por quem já não tem mais possibilidade de vida e que, em estado terminal, está sofrendo. A eutanásia e a aceitação dos próprios familiares são os enfoques evidenciados no filme, que põem em evidencia as maneiras como a família lida com situações de extremo pacto sentimental; de maneira popular seria a aceitação da morte de uma pessoa querida e amada.
   O objetivo principal do psicólogo hospitalar é minimizar o sofrimento decorrente da hospitalização, tanto do paciente quando de sua família que faz o acompanhamento do sofrimento em que o paciente esteja ultrapassando. O profissional deve estar junto com o paciente, em um trabalho de minimizar a angústia do sujeito, em muitos casos quando se há uma viabilidade por parte do sujeito, se trabalhar a reatividade da vida do mesmo, possibilitando o seu retorno para uma rotina readaptada conforme sua nova realidade de vida. Mas deve-se sempre levar em conta os desejos do indivíduo, pois mesmo em sofrimento, paralítico ou não, ele continua sendo uma pessoa que possui sentimentos e desejos.


  Para além de uma discussão sobre ser contra ou a favor da eutanásia, está aquela que se refere ao direito do indivíduo de exercer sua liberdade de escolha também no momento da morte e, assim, poder decidir quando e como morrer, já que sua vida lhe pertence e a morte é o gozo pleno da vida. 

Por: Alexandre Mota


Fonte da imagem: http://obviousmag.org/archives/uploads/2012/02/17/01_mar_adentro_01.jpg

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