Ser louco

No Brasil casos de maus-tratos nos hospitais psiquiátricos são mais comuns do que se possa imaginar, mesmo 10 anos após a reforma psiquiátrica –onde antigamente manicômios eram depósitos de gente e faltava investimento-  ainda tem Instituições funcionando que usam o modelo de antigos hospícios .

           

 E o caso de seu Moisés infelizmente é mais um exemplo de “erro de diagnóstico”, e de brutalidade e intolerância que existe nesses lugares.

Um problema que não é muito comentado ou discutido para se obter melhoras no atendimento, pela questão dessas pessoas estarem muitas vezes vulneráveis os leva a sofrer violência e até covardia por alguém que não tem tolerância  para cuidar deles, onde na maioria das vezes acaba piorando a situação e seu diagnostico.

Podemos observar que o preconceito da sociedade com os internos acaba influenciando as atitudes de funcionários que trabalham nas Instituições por serem construídos através do simbólico.

Mas que pior que o preconceito, é o descaso.     

            Tratamentos de eletrochoques, espancamentos, amarrados com cordas, sedativos... absurdamente ainda são ultilizados vários tipos de crueldade por enfermeiros, médicos e funcionários dessas lugares.

O que acontece é um grito de socorro silencioso, apenas no olhar podemos ver o quanto é dolorido está ali e ser tratado mal por viver em crise consigo mesmo e com o mundo além de tudo. Eles não procuraram sentir o que sentem, motivos os levaram a chegar ali e o pior é a falta de empatia dessas pessoas que praticam tal brutalidade de saber que elas correm o risco de estar no lugar desses internos, passando pelo o mesmo.

Concluindo, não quis ser tão teórica ou formal nessa postagem, para poder deixar vocês bem próximos da realidade sem conceitos ou falas das referencias nesse assunto, so queria deixar pra vocês o quão amargo é esse “mundo surreal” que os internos vivem e onde para piorar acabam sendo conceituados mal por nós todos. Ao invés de jugar, maltratar, ou ter preconceitos vamos ter empatia! Pois afinal, o que é ser louco pra você? 

Por: Athaiza Lima

 Matéria referida na postagem:
http://oglobo.globo.com/rio/a-vida-de-um-homem-apos-40-anos-no-hospicio-nao-quero-mais-ser-louco-nunca-mais-12596179